quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Setor de serviços "patina" em 2014

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou o resultado da Pesquisa Mensal de Serviços do mês de novembro de 2014. Na chamada da divulgação colocam que as receitas dos serviços cresceram 3,7% em novembro. Parece que a notícia é excelente diante de tantas outras ruins que surgiram na área econômica nos últimos dias. Mas não passa de uma tentativa para agradar.

Esse crescimento compara o mês de novembro de 2014 com o mesmo mês de 2013. Comparando o índice de receita dos serviços de novembro com o do mês de outubro de 2014 as receitas reduziram 1,7%. No acumulado do ano a variação nominal da receita dos serviços está em 6,2% e nos últimos doze meses o acumulado é de 6,4%.

Notem que a variação que a pesquisa apresenta é a nominal, ou seja, para termos a variação real devemos deduzir a inflação do período. Em novembro a inflação acumulada dos últimos doze meses estava em 6,56%. Com isso podemos considerar que até novembro de 2014 a variação acumulada para o ano da receita dos serviços foi de -0,15%, ou seja, a receita dos serviços reduziu em termos reais, nesse período.

Os setores que tiveram as menores taxas de variação acumulada nos últimos doze meses foram: serviços de tecnologia da informação e comunicação (3,6%), transportes terrestres (5,0%) e serviços técnicos-profissionais (5,8%).

No estado do Paraná o acumulado dos últimos doze meses foi de 6,2%.

Além do setor industrial o setor de serviços é outro que necessita que o cenário da economia brasileira tenha uma reversão positiva. E para nossa região, mais especificamente a microrregião de Apucarana, onde o setor de serviços é responsável por cerca de 30% dos empregos formais, a atenção com a economia tem que ser maior.

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